Na tarde desta sexta-feira, 09 de agosto, a candidata Dandara participou da reunião do Fórum Permanente de Saúde Mental de Uberlândia, ocorrida na Clínica Trilhas, no bairro Tabajaras.
Neste encontro, que contou com representantes de instituições e indivíduos ligados à psicologia e à psiquiatria, Dandara ouviu os problemas em torno da saúde mental, enfrentados pelos cidadãos uberlandenses. A pauta central debatida foi a importância da luta antimanicomial.
Os/as presentes fizeram a leitura de uma carta-compromisso, para que a candidata pudesse posteriormente assiná-la, comprometendo-se a dar a atenção necessária à saúde mental e à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) quando eleita.
A carta apresenta dezoito princípios e metas, que versam, resumidamente, sobre aspectos da RAPS. “Pactuar e implementar pelo menos quatro novos CAPs da infância e adolescência para atender à demanda municipal”, é uma das metas colocadas na carta.
“Estou muito feliz de receber um documento tão completo, que abrange as áreas essenciais da saúde mental. Eu sou candidata a prefeita porque entendi que nesta eleição teremos condição de transformar a cidade. E, com toda certeza, quando eleita vou transformar a situação da saúde de Uberlândia”, afirma Dandara.
A candidata explicou que a sua prioridade não será construir viadutos, mas cuidar das pessoas. O seu objetivo, pontuou, “é pensar uma cidade que se desenvolva com qualidade, possibilitando espaços saudáveis de convivência para o bem-viver”.
Dandara apresentou com profundidade as suas propostas para a área da saúde, destacando a necessidade de aumentar as equipes de saúde da família, de acabar com as filas para consultas e exames e de transformar as UAIs em centros de especialidades. Muitos foram os relatos dos/as presentes sobre a demora da fila para as consultas e exames, que se arrastam por um, dois, três anos. A candidata contou que está propondo o prazo de 10 dias para que os atendimentos ocorram. Para isso, segundo ela, será necessário estabelecer uma relação diferente com o Hospital de Clínicas da UFU e com o Hospital Santa Catarina, este último com vagas ociosas e espaços mal utilizados.
“Queremos abrir casas de acolhimento, casas de passagem, para que as pessoas tenham para onde ir em uma situação de vulnerabilidade. Nós temos um contexto de desigualdade que, muitas vezes, leva ao desemprego, ao adoecimento, e nós precisamos de solução efetiva para esses problemas”, propõe Dandara.
Por último, a candidata fez uma relação entre saúde mental e racismo, destacando que espera que os profissionais da área da saúde mental saibam lidar com a questão, uma vez que o racismo atravessa a luta antimanicomial e a luta contra as opressões no contexto da saúde mental e das políticas de cuidado.
Perguntada sobre a questão da privatização da saúde da cidade e dos interesses econômicos que permeiam a gestão da área, Dandara foi taxativa: “Eu vou fazer diferente. Nós vamos gerir a saúde com foco no cuidado com todos e todas. O meu foco é a participação popular e um controle social efetivo na gestão da saúde, construindo um Conselho Municipal de Saúde diverso e forte”.